quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Rubio fala, em entrevista, sobre ameaças e acusação por suposto tributo à bandeira americana.

CUBA - “Os rapazes da festa não são mercenários. Emprestei minha casa para que fosse realizada esta atividade porque está em sintonia com o que faz Mariela Castro Espín”, disse Barbara Rubío, de 58 anos, que é lésbica e proprietária do imóvel onde se realizou a “Festa Gay Liberdade”, sendo que agora está sendo ameaçada pela Agência de Segurança do Estado Cubano de cometer “crime” por suposto tributo à bandeira americana.

“A Fundação Cubana LGBT Reinaldo Arenas é uma organização que busca visibilidade da comunidade LGBT cubana da mesma forma que o Centro Nacional de Educação Sexual (dirigido pela Mariela Castro). A festa foi gratuita e não cobramos um centavo sequer para não cometer nenhuma ilegalidade. Mas o que incomodou à Polícia Nacional Revolucionária foi o fato de um grupo levou uma bandeira americana, como se fossemos uns vendidos.”

“Todos nós estamos cansados dessas diferenças de estado americano e cubano que ao final não leva a nada. Os EUA desempenharam um papel, falta Cuba fazer o mesmo. Quando a bandeira americana foi levada à festa não foi para demonstrar que servimos a uma potência estrangeira, mas para ressaltar a liberdade de expressão, de associação e de reunião que tem a comunidade LGBT nos Estados Unidos, para ressaltar o trabalho feito por Hillary Clinton ao estender benefícios diplomáticos a gays e seus companheiros na Casa Branca, para ressaltar que os estados americanos que aprovaram o “matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo e os que vão ao mesmo caminho que eles.”

“Finalmente, para ressaltar o que eles têm e nós não e desejamos por parte de nosso governo. Se eu tivesse sido permitida teria dito isso aos oficiais, mas eles não me deixaram falar”, concluiu a proprietária.

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