quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Professor é expulso do posto de trabalho por realizar atividades para homossexuais.

Informou por email Aliomar Janjaque Chivaz, membro da “Fundação LGBT Cubana Reinaldo Arenas” e correspondente para o Blog Gays de Direita.

CUBA – Henry Solís Esteves, coordenador nacional da festa clandestina homosexual “Party Gay Liberdad”, foi expulso de seu posto de trabalho na última quarta-feira (7/10/09) depois de ter sido intimado e levado ao Conselho de Direção Laboral pela administração da Casa de Cultura Municipal de Boyeros por coordenar atividades culturais para homossexuais na capital e no interior do país.

Aos 27 anos de idade, graduado em Artes, atuava como professor de educação artística para menores na Casa de Cultura de Wajay Boyeros. Depois de duas horas de discussão político-ideológica, dirigido pela administração e pela secretaria do sindicato da Casa Municipal, Solís foi expulso de seu emprego pelo argumento de que “colocou em perigo a moral e a educação político-ideológica de integrar os seus alunos depois de coordenar atividades culturais destinadas a reunir pessoas homossexuais com problemas políticos e ideológicos”, segundo disse Ramona Acuña, secretária-geral do sindicato laboral da Casa de Cultura Municipal.

As festas “Party Gay Liberdad” em apenas 15 dias agrupou em Havana mais de 757 pessoas, e em sua primeira realização, na província de Pinar Del Rio, reuniu 510 pessoas, entre homossexuais e heterossexuais.

Em Pinar del Rio, particularmente, os integrantes da festa não permitiram ser desprezados pelas forças policiais, ignorando-as quando foram chamados para ser indimidados e desprezados. “Eles não queriam que lhes fossem retirados a música, disseram aos policiais que não estavam fazendo nada de errado e que estavam apenas dançando”, disse por telefone Barbara Rubio, proprietária da casa na qual ocorreu a “Party Gay Liberdad”, além de ser representante da Fundação Cubana LGBT Reinaldo Arenas na província de Pinar Del Rio.

Os colegas de trabalho de Solís recolheram 24 assinaturas dos 39 país, cujos filhos recebem aulas de Solís. Tais assinaturas apóiam a paciência e o nível profissional de Solís perante seus alunos e reconhecem como injusta a expulsão deste professor de seu trabalho apenas porque realizou atividades culturais fora do seu horário de trabalho.

Solís apelou perante o Tribunal Municipal de Boyeros, falou da expulsão ordenada pela administração e pelo sindicado laboral.

“Até este momento, 16 pais dos alunos de Solís confirmaram que irão declarar em julgamento a favor da continuidade das aulas de Solís e enfatizaram declararão como violento e sem procedente o método de prisão executado pela Polícia Nacional Revolucionária, quando esta algemou e prendeu Solís em frente aos alunos durante uma de suas aulas de artesanato”, disse Noida Arguelles Borges, professora de artes plásticas e membro de um grupo de 4 professores que lidera o recolhimento das assinaturas dos pais.

Nas fotografias aparecem o professor Solís, todovestido de branco, apoiando seus alunos que estavam se apresentando durante um concurso no ano passado.


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