sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pouca indignação gay diante da visita de genocida ao Brasil

Se há algo de bom na visita de Ahmadinejad ao Brasil nesta semana, é a demonstração simbólica das várias “deficiências” do movimento gay brasileiro.

Esta visita serviu para chamar atenção para o fato de que o Brasil não é, como se espalha por aí, o “país mais homofobico do mundo”. Não sou conivente com os preconceitos e discriminações que ocorrem aqui, lógico, mas é inadimissível uma afirmação absurda dessas. É evidente que este rótulo serve bem mais ao Irã, um país que já assassinou mais de 4.000 homossexuais desde a “Revolução Iraniana”, em 1979, e que até hoje persegue e mata gays das formas mais horrendas e abomináveis possíveis.

É importante lembrar que não é de hoje que Lula recebe assassinos de homossexuais: na sua posse presidencial, em 2003, o convidado foi Fidel Castro. Algumas pessoas justificaram a visita de Ahmadinejad dizendo que se tratava de um evento “diplomático”. É incorreto, entretanto, encarar esse sujeito como sendo “diplomata”. Na verdade, esse conceito reflete uma postura laica, oriunda da civilização ocidental e amplamente rejeitada pelos islâmicos fundamentalistas que governam aquele país com uma chibata numa das mãos e o Alcoorão na outra.

Durante a visita do genocida Ahmadinejad, a entidade de cúpula brasileira que congrega as mais variadas ONGs de “direitos gays”, uma espécie de “CUT-Homossexual”, adotou, mais uma vez, uma postura não de representante dos gays perante o governo mas de representante do governo perante os gays. No dia 15/11, houve um protesto organizado por judeus em São Paulo que só recebeu 1.000 pessoas. À primeira vista, a ABGLT apoiou nominalmente a manifestação - mas o apoio parou por aí. Esta entidade poderia ter ajudado bem mais, como por exemplo, organizando um protesto em nível nacional contra a vinda deste ditador. Houve tempo suficiente para planejar, mas infelizmente, isto não aconteceu. Na primeira tentativa de trazer Ahmadinejad, em maio, a ABGLT soltou uma nota suficientemente “ácida” e coerente com a rejeição gay diante da presença deste indivíduo. No entanto, desta vez, a associação parece ter perdido o fôlego. No site de notícias “Parou Tudo”, foi noticiado o seguinte:

[...] o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), [...], solicitou ao governo brasileiro a possibilidade de entregar um documento ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sobre a situação de LGBT no país dele.

Tais afirmações não só comprovam o “rabo preso” com o governo como também a conivência de tal organização com a imoralidade do partido governista em se aliar a pessoas ASSASSINAS DE HOMOSSEXUAIS. Onde já se viu uma ONG solicitar autorização do governo para protestar? Pior ainda, nem o mais cândido dos inocentes aceitaria a possibilidade de o presidente do Irã, o individuo que sabe do próprio país mais do que ninguém, precisar de documentos com informações sobre o que ocorre por lá.

As pessoas não parecem compreender a gravidade da situação: se fosse Hitler ou Stálin em visita ao Brasil, tais pessoas seriam “celebradas” como chefes de estado. Não é uma questão de divergência ideológica: ESTAS PESSOAS QUEREM NOS MATAR! É lógico que assassinos usam a roupagem de chefes de estado para continuar agindo como assassinos. O que os gays tinham que fazer é jogar uma BOSTA na cara daquele genocída!

Infelizmente, no entanto, as pessoas parecem estar mais motivadas a condenar o Papa Bento XVI, o primeiro clérigo católico que afirmou que homossexualidade não é pecado, e sim uma qualidade inata do indivíduo; que nunca matou um homossexual; e que defende que os gays não sejam alvos de discriminação. É verdade também que o papa não aceita o “casamento gay”, pois a doutrina católica não permite isso, mas e daí? Grande parte daqueles que condenam a “cruel, vil e maligna” Igreja Católica é formada por agitadores e ativistas de organizações marxistas e de esquerda em geral e, portanto, dignas de serem ignoradas. Como gay e católico, não faz parte do meu perfil condenar a Igreja; mas digo o seguinte: SE VOCÊ QUER PROTESTAR CONTRA A IGREJA, ENTÃO TENHA UM PINGO DE COERÊNCIA E PROTESTE AINDA MAIS CONTRA A PRESENÇA DE ASSASSINOS COMO AHMADINEJAD!

Numa mensagem enviada à lista de discussões do “movimento gay”, um sujeito declaradamente comunista se refere ao protesto de um homossexual com a seguinte frase: “ALGUÉM ainda tem dúvidas que protestar contra o presidente do Irã é algo que só interessa à Direita???”

A conivência de tais revolucionários homossexuais com as maquinações dos partidos de esquerda não pára por aí. No âmbito do projeto revolucionário, a esqueda tem, sim, reservado um papel especial aos homossexuais, enquanto indivíduos agitadores, questionadores e por vezes até repugnantes. Porém, quando os tanques da revolução forem lançados às ruas, os homossexuais serão os primeiros a morrer, desinfetando assim a sociedade das “doenças” burguesas, cristãs e capitalistas.

Agora, vamos aos fatos. Façamos uma breve comparação entre Brasil e o Irã:



















BrasilIrã
Homossexualidade não é crime e nunca foi.
Homossexualidade é crime e é punido na seguinte forma: 100 chibatadas na primeira vez, 100 chibatadas na segunda vez e pena de morte na terceira vez que é identificado os "atos sodomitas"
Punição para homossexuais é amplamente condenado pelos cristãos (pela absoluta maioria e também pelo Vaticano)
Punição de homossexuais é defendido por muçulmanos fundamentalistas.
Maioria dos "crimes de ódio" ou "homofobias" são perpretadas pelos próprios homossexuais (p. ex. garoto de programa que mata cliente por causa de dinheiro)
Praticamente todos os crimes são praticados por heterossexuais fundamentalistas islâmicos.
Segundo levantamentos (duvidosos) do Grupo Gay da Bahia, desde 1981 morreram 2300 gays.
Segundo levantamentos da Human Rights Foundation, desde 1979 morreram 4000 gays
Há leis que amparam a liberdade de expressão
A liberdade de expressão é condicionada àquilo que é permitido pelos líderes religiosos fundamentalistas
Há o respeito pela dignidade humana
Mulheres, homossexuais e oposicionistas do "governo" são tratados como "coisas"
Pessoas que maltratam homossexuais são perseguidas pela justiça e por movimentos sociais
Pessoas que maltratam homossexuais são amplamente aplaudidas e apoiadas
Liberdade ampla para encontros de gays em bate-papos virtuais, shoppings, parques entre outros
O governo vigia as salas de bate-papo e marca encontro com homossexuais. Uma vez no local, o homossexual enganado é preso como criminoso
O País não é tão conservador como se diz, já que personalidades gays são apreciadas na televisão e na cultura em geral.
País completamente fundamentalista que apedreja, enforca, espanca e castiga homossexuais em plena via pública aos olhos de todos
No Brasil é crime o trabalhador homossexual ser demitido do trabalho por causa de sua sexualidade.
No Irã é crime manter homossexual no trabalho.
Homossexuais podem recorrer a Justiça e a Polícia em casos de injustiça
Homossexuais não recebem o menor pingo de atenção por parte do governo em casos de injustiça
Adolescentes homossexuais que apanham de pais podem receber apoio na justiça e amparo do Estado
Adolescentes homossexuais são enforcados

4 comentários:

  1. MUITO BOM, MUITO BOM MESMO!
    Gaysdedireita eu concordo em gênero, número e grau! E digo mais: ainda bem que o fascínora supracitado veio ao Brasil. Ainda bem, pois assim ficaram pelados todos ditos "militantes" que atuo-alegam representar as minorias oprimidas, porém, não passam de pelegos do lulopetismo!
    Ah se nós fossemos cobrar coerência dessa esquerda tupiniquim....

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  2. CHOCANTE!...PORÉM NÃO ERA DE SURPREENDER! O LULA VESTE A CAMISA E COLOCA O BONÉ DE TODOS QUE O VISITAM. ENTRETANTO O QUE MAIS ME CHOCOU FOI A TABELA COM OS REQUINTES DE CRUELDADE DESTE PAÍS ÁRABE. A FORMA COMO TRATAM OS HOMOSSEXUAIS MERECE ATENÇÃO DA ONU E DE TODOS OS MOVIMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS E DO DIREITO INTERNACIONAL!

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  3. Mais uma vez somos agraciados com um artigo de tamanha competência e esclarescimento. O quadro comparativo ficou ótimo. Parabéns!

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  4. Muito bom, meu caro!
    Para mostrar que amo todas as pessoas, embora não possa concordar com as práticas de cada uma delas.
    Tenho a certeza de que você faz parte da maioria dos gays que têm a cabeça no lugar e que, embora possa ter reservas contra opiniões (ou posições) contrárias, ainda assim as compreende e respeita as pessoas que assim pensam.
    Agradeço pelo grande trabalho de esclarecimento que fez, mostrando que o Brasil não precisa de movimentos radicais para apoiar minorias. O Irã é que precisaria SIM de uma PL 122, coisa impossível de sair por lá, dada a cultura mulçumana. E gostei da parte que diz:

    BRASIL: Punição para homossexuais é amplamente condenado pelos cristãos (pela absoluta maioria e também pelo Vaticano)

    IRÃ: Punição de homossexuais é defendido por muçulmanos fundamentalistas.

    Isso desmente muito do que a mídia esquerdista (ou Petista) têm dito.

    No mais, abraços
    Kino Zimbres

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