domingo, 6 de junho de 2010

Sobre a Parada Gay

Escrevo este post ao som de Lady Gaga, que toma conta da região da Avenida Paulista, transformando o lugar em uma gigantesca boate a céu aberto. Impossível chutar o número de participantes, sempre superestimado pelas contagens “oficiais”. Impossível transitar por ali sem ser simplesmente empurrado para frente por uma gente que não acaba mais. Há pessoas de todos os tipos, mas obviamente destacam-se as mais caricatas e extravagantes, como travestis em plumas de pavão e homens só de cueca branca.

A Parada virou uma grande festa, todo mundo sabe disso. E não adianta colocar trio elétrico de sindicato para tentar “politizá-la” porque o que o povão quer saber mesmo é de carnaval.

A Prefeitura de São Paulo divulgou a pouco que o turista que vem para a Parada gasta em média R$ 800,00 por dia, fora a hospedagem. Até parece. Essa visão de que os gays são uma classe afortunada é mais uma ideia esterotipada que a mídia gosta de reforçar e a prefeitura tenta usar para justificar o apoio à realização do evento. O fato é que, de um modo geral, quem vai para a Parada é aquele adolescente sem um tostão no bolso que enche a cara de vinho Chapinha para poder soltar a franga.

Na verdade, ser gay não deveria ser motivo de vergonha nem orgulho para ninguém. Como mesmo dizia o nosso saudoso gay de direita Clodovil Hernandez , "eu não tenho honra de dar o cú”. Ma, em ocasiões como essas, eu confesso que chego a sentir vergonha em ser gay.

2 comentários:

  1. Acho que vocês gays estam perdendo uma grande oportunidade de tornar esse evento como uma forma de reivindicar direitos, como por exemplo ao casamento homossexual, não sou homo, mas sou a favor de tornar legal qualquer direito humano. conte comigo Márcia Martins

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  2. ''Ma, em ocasiões como essas, eu confesso que chego a sentir vergonha em ser gay''

    Ué, procure a Rosângela justino...rs

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